E o que
acontece quando se chega aos 45 do primeiro tempo?
Pede para o
tempo parar? Pede uma pausa para o juiz? Ou avança com tudo em direção ao gol?
Não, eu não
sou de viver aos trancos, como se a vida fosse um jogo de futebol. Mas já me
sinto literalmente nos 45 do primeiro tempo. E cheia de energia, vida, saúde,
coração batendo. Veja que beleza! Quando eu era criança, achei que nessa fase
já estaria descendo a ladeira, colocando pantufas e pijamas e pedindo para
tirar o time de campo.
Mas a vida e o
futebol são caixinhas de surpresa e cá estou eu: Levando as caneladas, caindo e
levantando. E hoje paro, respiro e digo: Que golaço que essa minha vida é! Um
gol de placa, feito aqueles que o Sócrates fazia de calcanhar. E a essa altura,
já não me importo se a torcida grita:
- É roubo!
- Juiz ladrão!
- Vai ser
perna de pau assim na casa do chapéu!
A essa altura
do campeonato, quero sentir no peito a alegria de dizer: Faço parte de um time
maravilhoso que Deus colocou no meu caminho e me sinto campeã. Mesmo não
marcando nada. Nem um pontinho!
Tenho amigos
conquistados pelos jogos vida afora que valem muito mais e fazem um time
inteiro vibrar junto, na mesma sintonia.
E quando o
juiz apitar o final desse campeonato que é a vida, quero estar bem feliz como
estou hoje, sentindo o coração aliviado por ter pessoas ao meu lado vibrando
positivamente, fazendo o amor circular.
Pronto, Sr.
Juiz, pode encerrar a partida! A felicidade que sinto hoje já garantem mais 45
anos de jogo, com muitos pontos no placar. Sou toda gratidão!
*Liz Midlej*
*Liz Midlej*
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