Todo mundo conhece a história do Pequeno Príncipe. E quase todo
mundo já partiu alguma vez para correr atrás de seus sonhos. Mesmo que para
isso fosse necessário deixar uma vida, alguém, ou uma rosa para trás. Partidas
e despedidas moldam o nosso amadurecimento, pois são as nossas escolhas mais
difíceis que nos transformam em quem somos de verdade.
[...] Na jornada pela vida nos decepcionamos o tempo todo. Lidamos com
pessoas egoístas, superficiais e arrogantes, como o ‘contador’ que só pensava
em ser rico e o ‘rei’ que não tinha amigos porque mandava em todo mundo; como o
‘vaidoso’ que dava importância demais às aparências e a ‘serpente’ que foi uma
amiga traiçoeira.
Se a sua vida não estiver
fazendo mais sentido, talvez seja a hora de partir. Partir para um novo emprego
e novos desafios, ou descansar porque já chegou a aposentadoria. Partir da
metrópole para uma casa no campo, ou deixar o interior para desbravar a
capital.
Partir para dentro de você mesmo, à procura daquela criança que
nunca deixou de acreditar. Lembre-se: “Os olhos são cegos. É preciso
ver com o coração”. Se você não vê o que é essencial, não consegue suportar a ganância,
a competitividade e a miséria lá de fora. Quando temos fé tudo é possível, e
continuamos procurando pela verdadeira amizade em meio a tantas almas desertas.
Vá… Quebre a redoma de medo que protege suas dúvidas. Deixe o
pessimismo de lado e jogue-se ao novo. Não importa se os outros não possuem os
olhos de enxergar o elefante dentro da jiboia. Não importa se os homens se
esqueceram do significado de cativar. Não importa se os sérios demais perderam
a ingenuidade dos mistérios da infância.
Vá… Pode ser que depois
você volte, mas também pode ser que não. Tudo que tem existência e presença
está guardado dentro de você, e é isso que importa. Sobre o amargor do passado
e as incertezas do futuro, esqueça. Faça o seu agora.
Rebeca Bedone
Revista Bula
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