Ao fazer uma analogia entre o futebol e a atual conjuntura do Brasil, o
escritor e jornalista peruano Mario Vargas Llosa nos brinda com este magnífico
artigo. Aqui, alguns trechos:
"Tudo nasce com o governo de Luis Inácio 'Lula' da
Silva (2003-2010), que, segundo o mito universalmente aceito, deu o impulso
decisivo para o desenvolvimento econômico do Brasil, despertando assim esse
gigante adormecido e posicionando-o na direção das grandes potências.
[...] A verdade
é que não houve nenhum milagre naqueles anos, e sim uma miragem que só agora
começa a se esvair, como ocorreu com o futebol brasileiro. Uma política
populista como a que Lula praticou durante seus governos pôde produzir a ilusão
de um progresso social e econômico que nada mais era do que um fugaz fogo de
artifício. O endividamento que financiava os custosos programas sociais era,
com frequência, uma cortina de fumaça para tráficos delituosos que levaram
muitos ministros e altos funcionários daqueles anos (e dos atuais) à prisão e
ao banco dos réus.
[...] Por
que a política externa do Brasil em todos esses anos tem sido de cumplicidade e
apoio descarado à política venezuelana do comandante Chávez e de Nicolás
Maduro, e de uma vergonhosa “neutralidade” perante Cuba, negando toda forma de
apoio nos organismos internacionais aos corajosos dissidentes que em ambos os
países lutam por recuperar a democracia e a liberdade. Ao mesmo tempo, os
governos populistas de Evo Morales na Bolívia, do comandante Ortega na
Nicarágua e de Correa no Equador – as mais imperfeitas formas de governos
representativos em toda a América Latina – tiveram no Brasil seu mais ativo
protetor.
[...] O mito
da seleção Canarinho nos fazia sonhar belos sonhos. Mas no futebol, como na
política, é ruim viver sonhando, e sempre é preferível – embora seja doloroso –
ater-se à verdade."
Mario Vargas Llosa
Fonte: Jornal El País
Leia artigo na íntegra aqui
***
É uma pena
constatarmos que todos aqueles "foguetes" de alegria que escutávamos
pelo "progresso" nos anos do governo Lula, não passassem de balas de
festim... Quando será que o gigante acordará desse pesadelo? Sou apartidária,
mas não aguento mais ver tanta coisa errada, tanto teatro, tanta enganação!
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