Para
alguém que vê tão de perto o fim da vida, quais seriam suas dicas para viver
bem? Seria não se preocupar?
Não
tem essa de não se preocupar. Isso seria muito hedonista, né? “Ah, então vou
levar a vida na flauta”, mas a vida não é uma flauta, ninguém veio a passeio. A
dica não é levar nada a sério, é levar tudo a sério. Mas de maneira que, ao
final, você possa dizer que fez escolhas conscientes. Não pode ficar se
martirizando. Você faz uma escolha com trinta anos e aí aos cinquenta fica se
lamentando: “Ai, como pude fazer aquilo”. Isso é roubar no jogo: você é uma
criatura de cinquenta anos julgando uma de trinta, que não tinha noção do que
podia acontecer. Isso é errado, não é honesto. Honesto é olhar para o momento
em que você tomou aquela decisão e ver se você seguiu seu coração.
|Entrevista da Dra. Ana Cláudia Arantes|
Nenhum comentário:
Postar um comentário