Hoje, neste planeta, todos dependemos uns dos
outros. No entanto, ninguém assume a responsabilidade, ninguém detém o controle
do que chamamos 'espaço global'. Quando se pensa nesse espaço, o que nos vem à
mente é algo semelhante a um faroeste hollywoodiano (...).
Carros
blindados, condomínios fechados, câmeras de segurança. E a arquitetura das metrópoles tornou-se defensiva, com bairros próprios, grades, muros e uma série de mecanismos que visam o afastamento do outro. O resultado é um espaço urbano que promove a
segregação, em vez do encontro de diferenças, a marca das grandes cidades desde
sua origem.
Essa obsessão deriva do desejo, consciente ou não, de recortar para nós mesmos um lugarzinho suficientemente confortável, acolhedor, seguro, num mundo que se mostra selvagem, imprevisível, ameaçador...
Essa obsessão deriva do desejo, consciente ou não, de recortar para nós mesmos um lugarzinho suficientemente confortável, acolhedor, seguro, num mundo que se mostra selvagem, imprevisível, ameaçador...
Zygmunt Bauman
Sociólogo polonês, escritor, professor da
Universidade de Varsóvia e de Leeds.
Leia trechos do livro "Confiança e Medo na Cidade" aqui
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