Trago dentro do meu coração,
como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou
vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu
quero.
Álvaro de Campos, 1916
(Pseudônimo de Fernando Pessoa)
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