![]() |
Por do Sol no Pantanal - Corumbá MS |
À tardinha o descanso,
o olhar fica mais manso,
morre o dia com preguiça,
num convite que atiça,
a paixão que não sacia.
O rio e o por do sol
fazem bela parceria,
o contorno não tem rosto,
na paisagem está posto:
a canoa e o canoeiro...
O meu olhar trapaceiro,
vê uma estátua de bronze,
repousada no dourado
da lava desmaiada,
na superfície do rio.
Do banco, no cais do
porto,
a esperança é um broto,
crescendo no coração;
corre livre, ligeira,
refaz de olhos fechados,
as belas curvas do rio.
As águas que chegam às
margens,
num vai e vem , espraiado,
é o jeito mais que
perfeito,
de fazer amor no leito
e gozar feliz na beira:
a areia se mostra lisinha,
a areia se mostra
branquinha...
Quem alongar o olhar,
vai seguir os camalotes,
passeiam feitos buquês,
enfeitando o imenso
decote.
Mari Antunes
Nenhum comentário:
Postar um comentário