Em 22 de novembro de 2012, a capital celebrou com entusiasmo a posse do primeiro presidente negro no STF. Estavam lá cerca de 340 almas. Estavam lá, em meio aos cliques e beija-mãos,
para o Joaquim que assumiu, o símbolo, o orgulho e, para alguns, o parente
distante, o colega ocasional. Não estavam lá para o Joaquim do dia seguinte.
Este, quer por opção, quer pelo gênio difícil, estava só – e continuará só.
Joaquim comandará o Judiciário sem amigos. Ao menos sem os amigos de que
precisará: os amigos políticos.
A
presidência do Supremo é, antes de tudo, um cargo político. Como presidente,
Joaquim terá de se relacionar com os chefes do Executivo e do Legislativo, com
juízes, com burocratas do Judiciário, com advogados, com jornalistas. Goste ou
não – e Joaquim não gosta nada dessa tarefa. Nos últimos anos, já como ministro
do STF, afastando constantemente os outros, Joaquim pareceu confundir a
necessária postura independente do juiz com uma mais que ocasional resistência
aos outros – resistência que se manifestou no modo colérico como reagiu quando
contrariado pelos colegas ou nas aproximações de advogados e políticos. Agora,
porém, Joaquim é um líder.
E um líder político não lidera apenas pelo bom
exemplo. Lidera pelas relações pessoais que cria e mantém, precisamente com
quem pode ajudá-lo no exercício da liderança.
Fonte: Revista época
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