(...) A trama de José Emanuel Carneiro, que certamente teve
seu passe valorizadíssimo após Avenida Brasil, catalisou nos internautas do
Brasil um novo hábito. Hoje assistimos à telenovela diante de mais de uma tela.
Estamos agora com um olho na televisão e com outro no nosso smartphone, onde em
tempo real vamos comentando e lendo comentários de pessoas. As redes sociais
digitais se tornam ambientes online onde depositamos legendas com nossas
opiniões sobre as programações. Os trend topics do Twitter e os comentários do
Facebook se tornam o diapasão que modela e modula os gostos da conectada
audiência brasileira. Todos os dias por volta das 21h o "oi, oi, oi"
pipocava nas timelines das redes sociais. A própria equipe do Twitter nos
Estados Unidos demorou para entender essas intrigantes publicações. Alguns até
acharam, erradamente, que fosse um flash mob.
Todos nós estamos inseridos dentro uma cultura, e que
foi construída durante anos. E é nesse ecossistema cultural onde as emissoras
de televisão se baseiam para gerar conteúdos. A TV Globo colocou no ar
"Avenida Brasil" e a recém-terminada "Cheias de Charme",
duas telenovelas que assumidamente tentaram se conectar com públicos emergentes,
ou a grande parcela da população brasileira. O fato é que as novelas são
grandes produtos culturais, e que fazem parte da educação das pessoas. Mas há
quem possa definir as telenovelas como produtos sub-culturais e que alienam ou
emburrecem o telespectador.
Marcos Hiller.
Fonte: Portal Administradores.com
Fonte: Portal Administradores.com
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