Dos
mais de 7 bilhões de corações e bocas coexistindo no planeta, apenas uma ínfima
parcela já nasce tendo uma estrada pavimentada pela frente. São os chamados
privilegiados - aqueles que minha avó denominava "paridos em berço de
ouro".
Para a
imensa maioria de nós o que há pela frente é uma estrada pedregosa, esburacada
e perigosa. O estradão da vida. Cheio de curvas mal traçadas, sem acostamento,
e com armadilhas a cada dois quilômetros penosamente rodados. Entre a partida e
o destino há sempre uma longa viagem.
Nesse
trajeto nada é fácil. Por exemplo, os começos são via de regra difíceis. É
custoso montar um consultório de dentista, é trabalhoso o aprendizado de um
pedreiro, é de dar frio na barriga aceitar a primeira encomenda de um bolo de
casamento.
Continuar
também é um desafio. Pois na maioria das vezes nada sai exatamente como
sonhamos. Então pensamos em desistir. Mas aí a viagem já está no meio.
Voltar daria mais trabalho do que seguir.
Seja
qual for a fase da sua vida, o
melhor é se manter 100% atento às oportunidades que a viagem oferece. Lembrando
que oportunidade não é algo que está esperando pela gente. Oportunidade é
aquilo que, observando o cenário, a gente inventa.
O
sujeito que vende água mineral geladinha no trecho congestionado da rodovia,
inventou uma oportunidade. O executivo que valoriza sua equipe inventou uma
oportunidade. A jornalista que persegue uma matéria importante, que nenhum
editor está enxergando, inventou uma oportunidade.
Há
milhões de exemplos de pessoas que driblam diariamente as estradas malfeitas ou
malconservadas. Gente que chega no destino almejado. O que elas têm de
especial? Capacidade de enxergar não só atrás e na frente. Elas focam nos
lados.
Elas
procuram janelinhas no paredão da realidade. E quando encontram uma, abrem as
possibilidades par a par. Sabem que podem fazer uma janelinha virar uma porta.
Pois é a qualidade do olhar quem determina a grandeza da paisagem.
Fernanda Pompeu
Fonte: Yahoo!
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