pôr-do-sol da minha varanda
Quando a minha mente
está calma, os sentidos se expandem e me permitem refinar sensações e
sentimentos. Posso saborear mais detalhes do banquete que está sempre
disponível, mesmo quando eu não o percebo.
Nesse lugar de calma e clareza, não
há nada a desejar. Nada a esperar. Nada a buscar. Nenhum lugar onde ir. Eu me
sinto sentada sob a sombra de uma árvore generosa, numa tarde azul sem pressa,
os pássaros bordando o céu com o seu balé harmonioso. O meu coração é pleno,
nenhuma fome. Plenitude não é extensão nem permanência:
É quando a vida cabe
no instante presente, sem aperto, e a gente desfruta o conforto de não sentir
falta de nada.
Ana Jácomo
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