Meu pai sempre me ensinava que eu deveria viver o
hoje, o aqui e agora. Tomar o passado como base e planejar o futuro, mas viver
o aqui, o momento presente. Para Não acontecer de estar em um lugar e querendo
estar em outro. Ou viver o presente com saudade do passado e pensando no que
vai fazer amanhã.
Tudo bem. Até aceito e acho coerente o conselho. Mas
como não querer estar presente no São João de Jequié? Como esquecer uma
tradição que me acompanha há mais de 20 anos? Como esquecer a fogueira na porta
de casa, a canjica feita com toda a família ajudando um pouco? Com os irmãos e
respectivas famílias reunidas numa grande farra, as crianças soltando fogos? O
Fórro do Namoral, os shows na praça repleta de alegria e reencontros?
Hoje, meu coração está apertado com essa saudade do
São João que, por mais que passem os anos, será uma parte da minha vida onde
jamais irei esquecer e me fará ter sempre a sensação de nostalgia nessa época
do ano.
Longe, vivendo o aqui e agora. Perto, com a lembrança
e a vontade de estar momentaneamente, em outro lugar.
Inevitável.
|Liz Midlej|
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